São Paulo / SP - quinta-feira, 18 de abril de 2024

Obesidade Infantil

 

A prevenção é a forma mais eficaz de combater a obesidade infantil. 

 

  

Obesidade Infantil

Até bem pouco tempo atrás, criança gordinha, cheia de dobras, era sinônimo de criança saudável, pois a preocupação de pais e pediatras era com a desnutrição. Isso tornou-nos tolerantes socialmente em relação à obesidade. Porém, além de danos psicológicos envolvidos, a obesidade desencadeia tantas doenças que é impossível não levá-la a sério. Diabetes, doença cardiovascular, lesões ortopédicas e musculares e problemas de pele podem ser algumas das suas conseqüências.

A obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, de difícil tratamento, por ter várias causas envolvidas. Didaticamente, os fatores desencadeantes da obesidade são divididos em internos (biológicos) e externos (ambientais). São esses fatores que associados ou isolados, desencadeiam a obesidade. Os mais comuns são:
Internos
Imutáveis e inerentes à própria criança. Dividem-se em genéticos e metabólicos.
Externos
São aqueles que fazem parte do ambiente em que a criança vive. Esses podem ser mudados, e é por eles que se inicia o tratamento da obesidade. Os mais importantes são os psicológicos, alimentares e a atividade física.

Lembre-se que o diagnóstico da obesidade nas crianças pode ser difícil. É preciso que um profissional especializado analise a composição corporal da criança atravez da análise de gráficos. Pensar somente no peso da criança pode ser um erro.


Devemos prevenir a obesidade desde o nascimento da criança, estimulando o aleitamento materno. O sobrepeso como reserva energética para o crescimento pode existir em alguns momentos, mas sempre despertando a atenção dos pais.

Nossa primeira atitude é mudar a crença de que comer muito é sinônimo de saúde. Como já vimos, o tratamento da obesidade é extremamente difícil, sabe-se também que quando a criança é obesa a chance de ela se tornar um adulto obeso é de 40%. Já para o adolescente obeso a probabilidade aumenta para 75%. Isto porque o ganho de peso acima do esperado, na infância e adolescência, acarreta um aumento irreversível do número de células gordurosas.

Portanto, fiquemos atentos: crianças que começam a apresentar um ganho de peso excessivo, ou seja, sinais de obesidade, devem ser avaliadas sobre os aspectos nutricionais, sobre seus hábitos alimentares e comportamento diante dos alimentos. Se detectada no início, apenas pequenas correções na alimentação da criança e da família serão suficientes para prevenirmos esse mal que é a obesidade.

É Melhor Prevenir

 

 

Cortar o chocolate, o refrigerante e o salgadinho. Diminuir a quantidade de refeições. Esquecer das frituras e encher o prato do menino de salada. Ao fazer isso, a intenção pode até ser boa, afinal nenhuma mãe quer que seu filho sofra com a obesidade, mas essas atitudes não funcionam, além de se transformarem em um sofrimento sem fim para pais e filhos.

A melhor forma de prevenir a obesidade é juntando alimentação equilibrada e diversificada com a prática regular de atividades físicas. Incentive seu filho a brincar, correr e pular e estabeleça regras para o uso da TV e do computador, para evitar o sedentarismo.

Além de acompanhar a relação peso e altura da criança com o pediatra, é importante que os pais fiquem de olho em certos comportamentos do filho, que podem indicar risco de obesidade: comer vorazmente e sempre repetir o prato; alimentar-se escondido; pedir lanches fora de hora, passadas menos de duas horas do almoço, e tomar de dois a três copos de suco ou refrigerante durante as refeições.

Mas se a obesidade já se instalou e um tratamento (indicado pelo nutricionista em conjunto com o pediatra, um professor de educação física e um psicólogo, se necessário) foi prescrito, cabe aos pais darem apoio e serem compreensivos nessa hora, difícil para eles e ainda mais para a criança, que nem sempre entende o processo de emagrecimento.
Dicas Para Combater a Obesidade

 

 

Na maioria das vezes, está nas mãos dos pais cuidar para que seus filhos não se tornem adultos obesos. Saiba como ensiná-los a ter uma relação saudável com os alimentos desde cedo.
Amamente seu bebê
Criança amamentada durante os seis primeiros meses (ou pelo menos até os 4 meses) aprende a controlar seu apetite de forma natural e, por causa de sua composição corporal (adquirida com a amamentação), corre menos riscos de se tornar obesa quando adulta.

Evite reforçar demais a mamadeira dos pequenos
A mãe que não consegue amamentar e opta pelas fórmulas infantis, costuma reforçar o leite com farináceos para deixá-lo mais nutritivo. Controle seu ímpeto maternal e, caso seu filho esteja com o peso acima do normal, diminua a quantidade de açúcar ou farinha.

Deixe o açúcar para mais tarde
Durante o desmame evite adoçar os sucos e as papinhas de frutas com mel ou açúcar.

Use a criatividade na cozinha
Crie um cardápio variado, saudável e equilibrado para seu filho e ensine-o a comer em horários pré-determinados.

Não proíba nenhum alimento
Se proibir, você vai transformá-lo na sétima maravilha do mundo para o seu filho. Defina os dias para aqueles que não são muito saudáveis e estabeleça a porção a ser servida, deixando claro que é melhor comer um pouco do que não comer nada.

Desligue a TV
Faça isto principalmente durante as refeições, senão a criança vai comendo, comendo e comendo, sem perceber a quantidade ingerida. Incentive seu filho a trocar a TV por brincadeiras divertidas com os amigos, que envolvam a prática de atividades físicas (como por exemplo apostar corrida, pular corda e jogar futebol).

Separe os alimentos em porções pré-determinadas
Em vez de dar o pacote inteiro de bolacha recheada para a criança, separe uma quantidade, mostre a ela e faça-a entender que ela só terá direito a esta porção. E, de vez em quando, troque a bolacha recheada pela sem recheio.

Ensine seu filho a saborear os alimentos
O primeiro passo é fazer com que ele mastigue bem os alimentos, facilitando a digestão e dando tempo para que seu cérebro mande a mensagem de saciedade. Comendo devagar e saboreando melhor os alimentos, o prazer de um chocolate, por exemplo, pode durar o dobro do tempo.

Olhe para o seu cardápio
Se as suas refeições estão cheias de frituras, refrigerantes e sobremesas calóricas, fica difícil fazer com que a criança entenda o que é (e siga) uma alimentação saudável. Repense seus hábitos alimentares.

Mais variedade e menos quantidade
A criança está treinando seu paladar, então nada melhor do que caprichar na variedade de alimentos na despensa.

Frutas, verduras e legumes desde cedo
Ensine seu filho a comer esses alimentos desde pequeno, pois, além de serem ricos em vitaminas e minerais, possuem grande quantidade de fibra, importante aliada no processo de emagrecimento ou manutenção do peso, pois facilitam a digestão e dão sensação de saciedade.

Diminua a gordura das refeições
Com pequenos truques, dá para diminuir um bocado a gordura da alimentação: grelhe ou asse a carne, em vez de fritar; tire a pele e a gordura das aves antes de prepará-las; substitua a pizza de quatro queijos pela de frango com milho; reduza pela metade a manteiga, a margarina, o óleo e o creme de leite das receitas tradicionais de bolo, biscoitos, purês e molhos; corte de vez óleo, a margarina e a manteiga ao preparar molho de tomate, purê de batata e brigadeiro; descubra os encantos do ovo pochê, aquele preparado na água; troque a salada de maionese por uma de batata cozida e cenoura, e o leite integral pelo semidesnatado nas preparações.

Crie bons hábitos alimentares
Estabeleça horários para as refeições (seis, ao todo), tanto para as principais quanto para os lanches, e não deixe que a criança fique muitas horas seguidas sem comer. Senão, na próxima refeição ela estará ansiosa e faminta e vai ingerir o dobro do que deveria.

Não empanturre seu filho
Crianças em idade pré-escolar têm menos apetite, e muitas mães ficam preocupadas achando que seus filhos não comem direito. Não crie táticas para empanturrá-los. Se ele estiver com saúde, com o peso normal e o pediatra falou para você não se preocupar, evite esse comportamento.

Brincar, correr e pular
Criança que se exercita regularmente, se alimenta melhor e tem menos chances de engordar. O organismo metaboliza de maneira mais satisfatória os nutrientes e queima as calorias que não foram utilizadas com muito mais eficiência.